12/03/2025
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Depois da pausa de fim de ano, o futebol está de volta para valer hoje, com a estreia do Campeonato Carioca. Que jogadores profissionais inspiram amadores, não há dúvida, mas é bom que peladeiros de fim de semana tenham cautela na hora de imitar seus ídolos. Adotar cuidados básicos previne problemas, sobretudo nas pernas, que são afetadas em 80% das lesões no esporte.

Segundo o ortopedista Gustavo Arliani, as articulações dos joelhos e dos tornozelos e a musculatura da coxa são as partes do corpo mais propensas a sofrer contusões.

  •  Embora não exista consenso na literatura médica sobre o efeito protetor do aquecimento, em longo prazo, atletas que se mostram com condições melhores de alongamento têm índice menor de lesões — diz Arliani, especialista em traumatologia do esporte e cirurgia do joelho e membro do Comitê Médico da Federação Paulista de Futebol.
  • De acordo com o médico, a falta de preparo físico dos peladeiros — o que inclui sobrepeso, musculatura fraca e equilíbrio deficiente — torna a prática do futebol mais arriscada para eles.
  •  Estudos mostram que os jogadores amadores podem ter incidência maior de lesões no ligamento cruzado anterior (no joelho) do que os profissionais — afirma.

Os maiores erros cometidos por peladeiros são uso de chuteiras inadequadas, dispensa de caneleiras (que evitam traumas e fraturas), falta de insuficiente e utilização de camisas que retêm muito calor.

Mais dicas

Evitar jogar pelada no horário de pico do sol diminui o risco de desidratação. Pausas para beber água, como fazem os jogadores profissionais, são importantes para a reposição de líquidos e sais minerais.

Por não terem travas, tênis não devem ser usados no futebol. A escolha das chuteiras deve estar de acordo com o piso. Para gramados naturais, use modelos com travas cilíndricas, de até dois centímetros. Travas discretas são as melhores para o futebol society e, no futsal, adote chuteiras sem travas.

Dores durante a partida são sinais de que há algo errado. Pare de jogar e procure o médico.

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